Em Cabo Frio, Brasil leva o 29º título do Sulamericano e confirma presença na Copa dos Campeões, no Japão
13:53Mayara Viegas
@1relicario
Era uma noite de sábado fria no bairro do Portinho, em Cabo Frio. Mas a temperatura no Ginásio Poliesportivo Alfredo Barreto, onde aconteceu a final do Sulamericano, estava nas alturas. Foi o dia do primeiro título da quase nova geração do vôlei brasileiro, que venceu a seleção da Argentina no tie-break.
Com o ginásio com sua capacidade máxima, a seleção brasileira foi ouro no Sulamericano. Foto: CBV
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Essa foto está aqui por motivos de: achei linda. Foto: CBV/Divulgação |
Procura-se um oposto
A seleção brasileira entrou em quadra com Bruno, Vissotto - que não ficou muito tempo, substituído por Wallace, que foi ovacionado pelo público ao entrar -, os centrais Sidão e Lucão, Dante e o líbero Mário Jr. Já os hermanos contavam com Solé, Uriarte - que foi essencial para a vitória dos argentinos no 4º set, levando o jogo para o tie-break -, Romanutti e Pereyra.
Los hermanos
Lucarelli e Quiroga, ex companheiros do VIVO Minas, que se intitulam irmãos, estavam em lados opostos na quadra e quando um ou outro errava ou acertava, rolava uma brincadeira ou sorriso.
Vissoto (6) e Lucão (16) tentam bloquear Quiroga (9). Foto: CBV |
Uma coisa que não podemos negar é a ascensão do voleibol argentino, que sempre está na disputa com o Brasil pelo melhor do continente: "A gente sabe que a Argentina é um time muito chato, que já vem brigando há muito tempo em finais importantes. Mas estamos muito focados e preparados. Sabemos que não podemos deixar escapar essa oportunidade. É o começo de um novo ciclo, e vamos correr atrás dessa vitória até o final", previu Sidão, que recentemente voltou a Seleção depois de três meses e meio afastado por conta de uma uma cirurgia na coluna, em entrevista antes do jogo.
Essa foto está aqui por motivos de: eles são sensacionais. Foto: CBV |
Quem tem medo do tie-break?
Sidão estava certo. Os argentinos insistiram. Começaram bem fechando o primeiro set, caíram e quando tudo parecia estar perdido para nossos vizinhos, com dois sets para o Brasil contra um, não é que eles fecharam o 4º set? Apostaram em Quiroga, o nome do jogo, mesmo com todas as vaias da torcida brasileira. Pronto, tie break.
Ao som do grito da torcida, Wallace chamou a responsabilidade do set para si. Com Lucarelli sem confiança e Lucão ficando no bloqueio, foi a vez do oposto brilhar, com suas diagonais lindíssimas.
Salgadinhos
No camarote, Alan, Isac e Renan autografavam camisas enquanto se deliciavam com salgadinhos. Alan, bom camarada toda vida, jogou um dos petiscos para seu companheiro de equipe Maurício Borges, que estava no banco.
Nem argentinos, nem brasileiros. Os que fizeram sucesso em Cabo Frio foram os colombianos. Um poço de simpatia, Piza foi o mais assediado pelos presentes no ginásio. A Colômbia ganhou do Paraguai por 3 a 0 e levou o 3º lugar da competição.
Peixinho e comemoração a la Bebeto
Véspera do dia dos pais, o sábado foi comemorado duplamente pelo Mago. William está esperando a Nina, que chega no final desse mês e fez uma homenagem para a filhota. Lucarelli, de apenas 21 aninhos, bebê toda vida, lembrou do gesto clássico de Bebeto da Copa de 1994 e chamou os outros para reproduzirem - tenho 23 e nunca lembraria de algo que aconteceu quando eu tinha 4 anos. Façam as contas: nossa bandeira brasileira tinha apenas 2 aninhos!
Bruno, Lipe, Maurício Borges e Lucarelli comemoram junto com William. (Foto: Gabriel Fricke) |
Se não tiver peixinho, não é vitoria da seleção brasileira. Foto: Divulgação CBV |
Irmãos e melhores ponteiros
Esse fato em uma palavra: Merecidíssimo.
Em outra: Amor.
Lucarelli (8) e Quiroga (9) recebem o prêmio de melhores ponteiros da competição. Foto: CBV
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Bruno foi eleito o melhor levantador da competição. Sidão recebeu, além do prêmio de melhor central junto com Solé da Argentina, o de MPV. Mário Jr ficou com o de melhor líbero.
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