Superliga 2012/2013: RJX campeão e campanha por um campeonato nacional melhor
22:30
A temporada 2012/2013 da
Superliga Masculina acabou com times perdendo patrocínios e o
ex-projeto milionário de Eike Batista, RJX, se consagrando
campeão. Mas, cariocas, podem respirar tranquilos: apesar de
as ações da petrolífera patrocinadora do time do
Rio de Janeiro terem caído, os dirigentes da equipe dizem que
a verba apenas foi diminuída e que estão procurando
patrocinadores.
Agora eu pergunto: Que
empresa, que tenha verba para tal, não quer sua logo estampada
no peito de um jogador, no maior campeonato de um esporte que só
vem crescendo nos últimos anos no país? E mais: ter
direito a um espaço para colocar uma placa divulgando sua
empresa na quadra, com uma transmissora que tem grande índices
de audiência?
Bom,
não é assim que a Medley e outras empresas pensam.
Nessa temporada, mais um time perdeu patrocínio, o que segundo
a lógica a cima, deveria ser o contrário. Mas não
é muito difícil pensar como a ex patrocinadora do time
masculino de Campinas. Segundo Vittorio
Medioli, empresário dono do Grupo Sada, investidor do
Cruzeiro, seu time mesmo “dispondo do atrativo de títulos
nacionais e internacionais” - o Sada/Cruzeiro foi campeão da
temporada 2011/2012 da Superliga e é atual campeão Sul
Americano de clubes – não conseguiu um patrocinador.
Ainda
de acordo com o representante da equipe mineira, os times nacionais
perdem patrocínio porque as empresas investem verba “sofrida”
e não sentem que são retribuídas.
O
fato é que os times da Superliga têm um nome e a rede
transmissora, Rede Globo (e seus produtos, como o canal a cabo SporTV
e o site globoesporte.com), chamam-os por outro, para omitir o nome
da empresa patrocinadora. Essas e outras reclamações
são o principal motivo da Comissão “Unidos por uma
Superliga melhor”, liderada pelos irmãos Endres, Gustavo e
Murilo, e adotada pela maioria dos jogadores de vôlei no
Brasil. Gustavo, inclusive, que era comentarista de vôlei da
emissora em questão, perdeu o posto porque sem
querer falou
o nome correto
da equipe Vivo/Minas ao vivo, deixando de lado o protocolo.
Para
Rodrigo Kovalski da Luz, do blog Falando de Vôlei, o esporte
não precisa da Globo, e nos lembra que o boom
do
vôlei foi em outra emissora: “O voleibol precisa da TV
aberta? Ou será que precisamos é adequar a Superliga à
realidade nacional e fomentar o voleibol interno?”, questiona. E
continua: “a realidade da seleção choca com a
realidade do voleibol interno, justamente quando se percebe o
enriquecimento exacerbado da CBV em detrimento dos times que
sustentam a Superliga.”
Para
a próxima temporada, de todas as equipes, apenas a
Funvic/Taubaté está com o elenco confirmado, sendo a
única dúvida o oposto Lorena, que jogou a última
temporada no Sesi-SP. Nomes como Jurquin (ex- Medley/Campinas) e
Thiago Barth (ex- Sesi-SP) integram o time do interior de São
Paulo.
0 ✉